Hospital de Especialidades
HOSPITAL DE ESPECIALIDADES PEDIÁTRICAS
Duração: 4’45”
FÁBIO SALLUM: O Hospital Pequeno Príncipe acabou se destacando por uma decisão estratégica porque era um hospital eminentemente pediátrico. Tratava desidratação, diarréia, somente era um hospital clínico. E fazia poucas cirurgias, pequenas cirurgias. Veja bem, estou voltando há quarenta e tantos anos atrás. Até que o Hospital, a diretoria da associação naquela época, decidiu que o Hospital não seria um hospital de pediatria. Seria um hospital de especialidades pediátricas. E aí floresceram o que? Os serviços de cirurgia geral, cirurgia do coração, neurocirurgia, serviço de ortopedia infantil que é muito forte, entende?
ANTONIO ERNESTO: Eu participei muito da criação das especialidades pediátricas na coordenação de ensino, no sentido do pediatra real, que era o vigente há muitos anos, para entrar nesse pediatra que hoje estão precisando cada vez mais que é o geral, mas também tendo pediatras de diversas áreas de especialidades. E nós, ao longos dos anos, o corpo clínico em si próprio, montou essas áreas.
THELMA ALVES: Eu ouvi de uma mãe uma vez assim: “eu chego no hospital eu sei que vou ter o problema resolvido porque vai ter um médico que vai saber cuidar”. É o câncer, é o cardio, é a nefro, é otorrino, é fono… Enfim, não tem, não tem área, não tem especialidade que não seja tratada aqui. Então na verdade ele vira um centro de especialidade pediátrica.
CAROLINA PRANDO: Eu acho que talvez seja um dos únicos ou o único hospital que reúna, que dê essa oportunidade de reunir tantas especialidades médicas, e além disso, cada vez mais o link dessas especialidades médicas ao que existe de mais novo e mais atual em termos de tecnologia e informações de pesquisa que podem ser utilizadas para benefício de cada um dos pacientes.
LANIA ROMANZIN: Quando você trabalha num hospital só cardiológico, por exemplo, você não tem um respaldo das outras especialidades. Então você está só. Porque o coração ele não é um órgão isolado. Quando você está num hospital neurológico, você também está só, porque o cérebro não é um órgão isolado. Aqui, você chegou com o seu paciente, você precisa de um nefro? Você tem. De um dermato? Você tem. De um psiquiatra? Você tem. De um neuro? Você tem. Você tem todas as especialidades! De um psicólogo, você tem. Você tem tudo! Então não tem como você não se sentir seguro dentro de uma instituição que tem tudo.
MARA LÚCIA: Todas as especialidades em relação a pediatria, que é diferente da de adulto. Então, isso faz um diferencial muito grande aqui dentro do Hospital.
ADRIANO MAEDA: Uma das coisas chama muita atenção aqui no Pequeno Príncipe, é que você tem doenças e pacientes muito complexos. Uma das coisas eu acho, o que ajuda a gente a ter essa referência, esse envolvimento, é que você tem uma integração entre os serviços muito grande. PAULO RAMOS: E isso aí ajuda muito. Porque pegar um paciente complexo, muitas vezes o intensivista diz: “olha, isso a gente não vai conseguir resolver”. Então se nós não temos um apoio total de várias especialidades, até da parte de laboratório, serviço de imagem, tem muitas crianças que a gente não conseguiria dar retorno pra elas.
VICTOR HORÁCIO: Isso fez com que a gente tivesse um renome nacional muito importante. O Pequeno Príncipe, ele faz parte hoje, do grupo dos cinco serviços que implantou o programa de residência em pediatria de três anos. Então fomos nós, a Universidade de São Paulo, a USP, a Universidade de Brasília, a UNB, o Servidor Público do Rio de Janeiro, que é a Federal do Rio de Janeiro, e o IMIP em Recife. Então esses cinco serviços, começaram a implantação do programa de três anos da residência, que hoje é uma regra no Ministério da Educação, para formação do pediatra.
THELMA ALVES: Outro ponto que eu acho muito forte no Hospital, é que ele vai de A à Z, ele vai desde o pronto atendimento, de uma emergência e tudo, até um PMO. Então é como se a gente fosse fazer uma linha de cuidado completa. A criança vem, ela tem uma consulta, seja de emergência, seja agendada. Ela consegue fazer muitos exames, os de imagem, clínico, agora o genômico. Aí ela volta, ela já insere tratamentos, seja de quimio, de físio, de fono, seja uma cirurgia, né. E depois disso ainda acompanha, né. Tem o acompanhamento. Então eu acho que para as famílias isso é muito importante.